Amar-te-ei, em todas as épocas,
em todo momento Que passem as águas
por muitas pontes e que debruce a saudade
por muitas serras e montes, amar-te-ei,
como se fosse a primeira vez e única,
apesar das tantas aventuras!
Ainda além deste céu, nas alturas.
Eternamente... Ainda que outro alguém
o tenha entre lençóis confidentes,
mesmo que os beijos sejam molhados
e quentes, à parte, nossa alma vaga
enamorada, sobre qualquer prazer da carne
ou qualquer entrega fugaz .
Eternas, apaixonadas Amar-te-ei,
sobre qualquer dor que me pese
o orgulho ferido, o despeito revolvido!
Sobre qualquer punhalada em meu coração,
sobre qualquer distância a nós imputada...
Porque sei, amor de mim, que ainda assim...
Não é pequeno o nosso comprometimento.
Ah! Soubessem todos o tamanho!
Pobre carne, pequeno tempo!
Wolfgang Amadeus Mozart