Nunca amamos ninguém.
Amamos, tão-somente, a ideia que fazemos
de alguém. É a um conceito nosso - em suma,
é a nós mesmos – que amamos. Isso é verdade
em toda a escala do amor. No amor sexual
buscamos um prazer nosso dado por
intermédio de um corpo estranho. No amor
diferente do sexual, buscamos um prazer nosso
dado por intermédio de uma ideia nossa.
Fernando Pessoa